O Manifesto

“Inspirados pela austeridade e sensatez de D. João II, propomos uma nova era de conservadorismo em Portugal.”
Sobre el-Rei D. João II, escrevia o Poeta:

“O Príncipe que o Reino então governa
Foi Joane segundo e Rei trezeno.
Este, por haver fama sempiterna”

– Camões

Em 2022, a III República caracteriza-se por menos prosperidade, menor influência internacional, insustentabilidade demográfica e pela erosão dos valores e tradições históricas. A saúde e as liberdades fundamentais estão em processo de degradação, e se a tendência de divergência da média europeia continuar, a III República chegará ao cúmulo de se saldar, nas próximas décadas, por um regime falhado em todas as áreas de governação, inclusive naquelas aonde o Estado Novo merecia críticas, como as liberdades cívicas ou qualidade de infraestruturas sociais.

"Para uma nação distinta como Portugal, apenas uma abordagem tradicionalista pode preservar nossa identidade única."

A doutrina que empiricamente se observa obter mais sucesso no ‘velho mundo’ é a do conservadorismo. Os países do leste Europeu prosperam e reformam-se, enquanto as nações atlânticas degeneram. Para resolver problemas económicos resultantes de políticas socialistas, vemos a necessidade de reformas liberais, para lidar com o colapso demográfico, evidenciamos a necessidade de reformas tradicionalistas, para gerir as relações internacionais propomos uma abordagem realista focada no interesse nacional.

Para isto, criamos este instituto, inspirado no exemplo do ‘Príncipe Perfeito’.

"O futuro de Portugal reside na reforma conservadora: disciplina, tradição e uma política focada no interesse nacional."

Qual é a relevância do conservadorismo em Portugal? A praia lusitana é sem dúvida uma nação de matriz cultural europeia e atlântica. No entanto, recusamo-nos a incorrer no mesmo equívoco positivista das ideologias materialistas, de julgar os seres humanos como uniformes e maleáveis. A razão empírica e a sabedoria cristã ditam que os indivíduos são dotados de importância própria e que as sociedades e Estados adquirem carácteres igualmente distintos. Não exclusivamente pelo mérito, como o dita a doutrina liberal, mas sim como valor intrínseco, uma individual humanidade imanente.

Por conseguinte, a nação portuguesa é diferente e idiossincrática e nunca passível de governação metodologicamente universal; nenhuma nação e povo o é.

"Diante da decadência socialista, o conservadorismo emerge como a solução para revitalizar nossa nação."

Dos vales transmontanos ao sobral alentejano, da obstinação minhota à rebentação algarvia, da beira profunda aos bravos insulares, do granito duriense às ameias da raia, passando pela metrópole milenar e pela península fabril. Portugal prima por uma diversidade própria mas o seu povo também encarna uma personalidade distinta. O conservadorismo prima por melhor se adaptar ao saudosismo e ingenuidade dos portugueses.

"Assim como o 'Príncipe Perfeito', buscamos um renascimento nacional através da ordem, sabedoria e valores tradicionais."

Para lidar com o século XXI, propomo-nos, por conseguinte, seguir a sensatez e austeridade de D. João II, que manteve uma disciplina católica e foi mecenas de várias caridades cristãs. No plano da ordem política, lidou severamente com a sedição interna ameaçadora da soberania nacional, e jogou no xadrez internacional com rigor temerário mas maquiavélico. É este o modelo que vislumbramos para uma refundação do estado, e para o abandono do torpor marxista que tanto feriu o interesse nacional.

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