Por Miguel Nunes Silva

No Folha Nacional

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No passado mês de Agosto, o pasquim conhecido por Expresso, publicou um artigo difamatório e enviesado sobre a visita a Portugal de um membro da organização húngara Centro para os Direitos Fundamentais (CFR).

https://expresso.pt/politica/2024-08-14-think-tank-de-orban-estende-influencia-a-portugal-atraves-do-chega-c9687843

Estando próxima do partido Fidesz do primeiro-ministro Orbán, esta organização dinamiza o pensamento conservador na Hungria e na Europa e mantém laços com vários partidos e movimentos de Direita. Estando o CHEGA! em ascenção, é apenas natural que haja contactos e cooperação, sobretudo quando o partido acaba de co-fundar a nova família política do Parlamento Europeu de nome ‘Patriotas pela Europa’, juntamente com o partido Fidesz.

Tive pessoalmente a oportunidade de conhecer András Dénes Nagy, um jovem e dinâmico activista que muito se maravilhou com a cidade de Lisboa e com a História de Portugal. Um cristão devoto e humilde, Nagy preza os valores da família e do patriotismo, e apresenta-se simplesmente como um intelectual construtivo e optimista.

No entanto, a deriva extremista do Expravda é de tal modo sem escrúpulos e fanática, que nem sequer se deu ao trabalho de tentar contactar a pessoa visada no artigo.

Mais importante para o Expresso foi denegrir os homólogos húngaros do CHEGA entrevistando ‘especialistas’ em ‘ódio’ e ‘extremismo’ de modo a poder insultar os colegas internacionais do CHEGA de ‘xenófobos’, ‘extrema-direita’, ‘radicais’ e ‘nacionalistas’ (sim, para os …jornalistas do Expresso, ‘nacionalismo’ é um termo pejorativo… o que por si só diz tudo sobre a prioridade do interesse nacional para aquela redacção marxista).

Os próprios termos empregues pelos autores do artigo são completamente mendazes, propagandistas e revelam o resvalar do Expresso para o populismo e o radicalismo. Desde logo a organização húngara em questão não é ‘anti-imigração’ mas sim condenatória da imigração ilegal e desregulada, tal como é o CH. Depois, tão pouco é ‘anti-LGBTQ+’ mas sim contra a pedofilia e a endoutrinação política nas escolas; de resto, ninguém é preso ou perseguido na Hungria por orientação ou identidade sexual, nem tão pouco o CFR o advoga. Ao mentir descaradamente, o Expresso deixa vislumbrar assim a sua própria predilecção pela criminalidade, pela traição à pátria e pela imposição de comportamentos desviantes a crianças.

O tom insultuoso é, aliás, perfeitamente clarificador da total falta de deontologia jornalística dos autores do artigo. Numa realidade sadia, alguém como Vítor Matos há muito tempo teria perdido a creditação de jornalista. Isento e imparcial como é, refere-se a André Ventura em público, profissionalmente e por escrito como “fura-vidas”, “fundamentalista religioso”, “populista”, “xenófobo”, “racista”, ou “totalitário”. Na sua febril série de artigos para o Expresso, documentando a vida de Ventura, não falta a tradicional imagem do líder do CHEGA com o braço no ar, ao lado do título “O racismo estrutural de Ventura”. A mais vil e repugnante desinformação, caluniando alguém que, longe de fazer a saudação nazi, liderava uma manifestação sob o lema ‘Portugal não é Racista’, segurando o mesmo slogan num cartaz com as mãos mas que os propagandistas mentirosos do Expresso fazem questão de cortar na mesma imagem, pois tal invalidaria o título do artigo. O próprio termo ‘racismo estrutural’ é oriundo da extrema-esquerda internacional marxista e totalitária, que não podendo apontar a leis objectivas e específicas para alegar racismo e discriminação, tenta justificar diferenças sócio-económicas entre diferentes etnias, com uma vasta teoria da conspiração racista anti branca que atribui preconceito inconsciente a todos os europeus e seus descendentes, contra todas as outras etnias. Tal teoria não é sequer refutável pois é impossível conhecer o pensamento de todos os seres humanos e é, por conseguinte, tudo menos científica, para nem falar em objectiva ou de boa fé (termos alienígenas para os empregados do Expresso); já que apesar de milhentos monstruosos crimes de preconceito não envolvendo a etnia caucasiana, magicamente, apenas esta é culpada do pecado original do racismo.

Em relação ao segundo autor do artigo, Hugo Franco, basta apontar os avisos feitos pelo Sindicato dos Jornalistas no seguimento de uma queixa contra ele por violação do Código Deontológico: https://jornalistas.eu/queixa-contra-jornalista-do-expresso-por-alegado-desrespeito-do-codigo-deontologico/

Longe de respeitarem as regras do mais básico respeito cívico e cortesia profissional e contactarem o CFR ou András Dénes Nagy para obterem a sua versão, não só os pseudo-jornalistas se abstiveram de dar a oportunidade aos visados de sequer se pronunciarem mas fizeram questão de recorrer a ‘especialistas’ para falarem sobre eles nas suas costas. Neste caso pediram a opinião de especialistas ainda mais sofisticados, uns ‘especialistas internacionais’ – coisa muito séria, portanto. Quem são eles? Trata-se da organização Global Project Against Hate and Extremism (GPAHE). Uma das co-fundadoras, Heidi Beirich, foi mesmo entrevistada pelo Expresso a propósito da tenebrosa visita do conspirativo húngaro. Beirich é uma ex- dirigente de uma outra organização norte-americana, por estes dias infame: o Southern Poverty Law Center. O SPLC começou como uma organização pelos direitos cívicos mas ao longo dos anos deixou-se corromper ao ponto de até o Washington Post – uma publicação da Esquerda mais anti-Trump possível e historicamente ligada ao mais alto nível ao Partido Democrata – publicar um artigo intitulado ‘O SPLC Perdeu Toda a Credibilidade’. https://www.washingtonpost.com/opinions/the-southern-poverty-law-center-has-lost-all-credibility/2018/06/21/22ab7d60-756d-11e8-9780-b1dd6a09b549_story.html

Neste momento, até incitamento à violência lhe está associado https://adflegal.org/setting-the-record-straight. Voltando ao GPAHE da ‘especialista’ Heidi Beirich, a organização é de tal modo desavergonhadamente enviesada que chega a admitir que não visam nem investigam organizações de extrema-Esquerda propositadamente, e que militam activamente pela censura e supressão de vozes de Direita nas redes sociais e nos media.https://globalextremism.org/faqs-far-right-extremist-groups-faqs/

Por outras palavras, como se a desonestidade do Expresso não fosse suficiente, ainda se prestam a contribuir para a censura de vozes políticas em Portugal, segundo agendas extremistas de interesses estrangeiros.Uma vez que a culpa por associação, a difamação e a especulação má intencionada é o pão nosso de cada dia do Expravda, devolverei a cortesia: o Expresso tem ligações à extrema-Esquerda, ao terrorismo, e a grupos de ódio subversivos referenciados por autoridades estatais europeias.

Este é o mesmo jornal que publica sem pudor biografias laudatórias de terroristas da Climáximo (segundo o Expresso, Alice Gato é uma das 50 personalidades jovens que representam o futuro do país…), ensaios racistas e autoproclamadamente incitadores à violência e à extorsão, de autoras como Carmo Afonso (https://inconveniente.pt/carmo-afonso-e-o-racismo-totalitarista-em-portugal/) ou que duas mulheres podem conceber uma criança, entre outras pérolas da demência mirabolante que impera pelo alegado jornalismo daquele semanário.

O Expresso está indirectamente associado ao dinheiro de George Soros, o multimilionário cujo financiamento acaba sempre a contribuir para o derrube violento de governos pelo mundo fora e cujo dinheiro também já acabou em organizações terroristas e racistas dos EUA associadas ao Black Lives Matter e à Antifa.

https://wcti12.com/news/nation-world/george-soros-gave-35-million-to-anti-police-activists-in-2021-report-says

Soros financia a organização Poynter que certifica o Polígrafo como ‘fact-checker oficial’ – a publicação da SIC com a qual o Expresso colabora. https://noticiasviriato.pt/fact-checking-a-teia-progressista-de-george-soros-e-fundacoes-bilionarias/

Ironia das ironias – ou somente pouca-vergonha – o Polígrafo é apenas financiado directamente pelo Facebook – possivelmente a entidade que em Portugal mais censura portugueses https://paginaum.pt/2023/06/19/poligrafo-faz-apologia-a-transparencia-mas-nao-explica-quem-sao-agora-os-principais-financiadores/#:~:text=Um%20dos%20principiais%20financiadores%20do,de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20social%20em%20Portugal – e ainda admite publicamente que tem como política intencional editorial, não escrutinar publicações jornalísticas. https://paginaum.pt/2022/03/20/poligrafo-um-indecente-fact-checker-para-branquear-a-imprensa-mainstream/ Ou seja, até é possível que um excelso jornalista minta mais que um cidadão anónimo ou um político mas o intrépido fact-checking do Polígrafo nunca o revelará porque …razões. Faz lembrar a coragem do GPAHE que fareja todos os movimentos de Direita mas …não tem tanto jeito para olhar para a Esquerda. Coincidências…

Contudo, mais directamente, Soros também financia o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) de fama Panama Papers, Paradise Papers, Pandora Papers etc https://www.icij.org/about/our-supporters/ que em Portugal conta com um jornalista do Expresso como parceiro https://www.icij.org/journalists/micael-pereira/ .

Uma outra associação extremista é a organização ‘antifascista’ Hope Not Hate (HNH) que se entretém a difamar activistas de Direita no Reino Unido e a perseguir e infiltrar organizações de Direita com o objectivo de passar as suas informações pessoais a grupos violentos como a Antifa que subsequentemente – e evidentemente em parceria – se encarrega de assediar e agredir estes cidadãos. Num relatório do Instituto Sueco de Estudos de Defesa (FOI) das Forças Armadas Suecas, dedicado à análise da “propaganda extremista e violenta“, no capítulo 3.2.5 ‘Infiltração e Investigação’, identifica-se a Hope Not Hate como parte de uma rede de organizações activistas de extrema-Esquerda que se dedicam ao assédio, intimidação e incitamento contra adversários político-ideológicos. https://www.foi.se/rapportsammanfattning?reportNo=FOI-R–4592–SE

Para o Expresso, claro, a Hope Not Hate é uma fonte de informação credível https://expresso.pt/revista/culturas/musica/2022-08-21-O-antifascista-Joe-Mulhall-infiltrou-se-em-grupos-de-extrema-direita.-Esta-tudo-em-Tambores-ao-Longe-26412896 , tal como o é, entusiasticamente, para o agora defunto jornal Setenta e Quatro (SeQ), fundado e financiado por Ana Gomes e presidido pela colunista do Expresso Carmo Afonso. O SeQ utilizou como fonte e serviu de megafone a dois ‘investigadores’ da HNH e fundamentou-se em ‘relatórios’ da organização de extrema-esquerda para os seus artigos: https://setentaequatro.pt/noticia/tambores-ao-longe-incursoes-na-extrema-direita-mundialhttps://setentaequatro.pt/noticia/o-estado-do-odio-em-portugal-em-2020https://setentaequatro.pt/enfoque/como-extrema-direita-violenta-se-organiza-no-lado-oculto-da-internet.

Para além da extremista Carmo Afonso, o Expresso também emprega outros comunistas mais ou menos assumidos como Pedro Coelho. Absurdamente, pagar a um simpatizante do marxismo-leninismo ditatorial e totalitário, para ‘expôr’ as ligações ‘radicais’ de um partido conservador (logo bastante anti-radical) como o CH, não sugere a ninguém no Expresso o mais pequeno paradoxo, para nem falar em ridículo…

O Expresso é, pateticamente, o melhor que a ala PSD tem a mostrar no panorama da imprensa em Portugal. Ou seja, o partido do governo já nem sequer com jornalismo conta mas apresenta-se como conivente com propaganda de extrema-Esquerda, da mais abjecta e insidiosa possível.

Pessoalmente eu preferiria o Avante: os comunistas declarados, pelo menos, não são dissimulados. Sempre respeitarei mais a frontalidade do que a cobardia.

 

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